No dia 31 de julho realiza-se, no Auditório Municipal de Penela entre as 10h-12h. a MASTERCLASS DE NARRAÇÃO ORAL
"Todas as contas vão no mesmo fio" , com Quico Cadaval, inserido no Ciclo “Dentro da Casa, à beira da aldeia” pela Companhia da Chanca e a Casa Oliveira Guimarães.
A
entrada é livre, basta fazer a inscrição em turismo@cm-penela.pt ou
917823503
Seguem informações detalhadas abaixo e o programa completo pode ser consultado em https://www.companhiadachanca.pt/dentrodacasa.php
Quico Cadaval, é encenador,
dramaturgo, actor e contador de histórias. Nasceu na Galiza em 1960 e foi o
impulsionador do movimento de “contacuentos” ali surgido na década de noventa.
Participou como actor e formador em festivais e eventos organizados em Espanha,
Portugal, França, Colômbia, entre muitos outros países. Foi ainda conferencista
e contador nos leitorados de galego das universidades de Trier, Varsóvia,
Cracóvia, Salamanca, Berlim, Sorbonne-Paris e Nova-Lisboa. Trabalhou em
diferentes produções da televisão da Galiza, assim como em curtas e
longa-metragens. Continua a trabalhar no audiovisual como actor e guionista.
Trata-se neste momento de um dos mais valiosos e inquietantes contadores de
histórias do mundo.
A arte de contar
estórias está na base da construção do humano, como a de cantar e dançar. As
três foram as que necessitámos para chegar cá. Ninguém discute a dificuldade de
cantar e dançar, muitas pessoas não se atrevem por medo do ridículo. Contar é
diferente, considera-se tão natural, tao ligado à própria vida que qualquer um
ou uma, julgam-se capacitados para o fazer. E as pessoas concordam que está ao
alcance de qualquer um (ou uma): presidentes da câmara, donas de casa,
professoras, bailarinas, padres ou varredores. Sabemos que as
crianças são ensinadas com histórias, os namoros são precedidos por importantes
doses de ficção e qualquer projeto artístico ou político tem-se de acompanhar
por uma estória “bem contada”. Qual é a razão para que cada vez mais pessoas se
sintam intimidadas perante o desafio banal de contar uma estória? Dum lado,
porque há boatos de que existem profissionais que fazem isso comme il faut, doutro, porque
desistimos e confiamos esse trabalho a aparelhos de memoria externos, TV cabo e
internet.
Mas o rio do conto que fazemos coletivamente continua a fluir entre nós cada vez que saímos para a rua ou entramos para o bar. Cada vez que temos um encontro com outrem e esfregamos as antenas para nos informar, reconhecer, enriquecer, consolar, estimular, divertir, esclarecer… É só isso, fazer o que já sabíamos, e reconhecer que é uma atividade artística, como o canto e a dança. Apenas temos que aprender alguns passos e algumas melodias. Depois é só contar.
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