O livro comemorativo do centenário do nascimento de Salvador Dias Arnaut “Penela - um percurso pelo tempo” incluí publicações dos autores Jorge de Alarcão, Maria Helena Coelho, Leontina Ventura, Raquel Vilaça, Ana Isabel Ribeiro, Cristóvão Mata e Guilhermina Mota foi lançado no passado sábado, dia 27 de fevereiro, no Centro de Estudos de História Local e Regional Salvador Dias Arnaut que foi pequeno para acolher todos os que se quiseram associar à iniciativa.
“A nossa história é um pedaço do património deste Concelho [Penela], da região e do país. É a expressão da nossa identidade, sendo elemento essencial na nossa afirmação comunitária e territorial. Não existe território sem memória colectiva e sem História. O desconhecimento da História ensombra o presente e cega o futuro” foram as palavras do Presidente da Câmara, Luís Matias, na nota prévia à obra que assinala este importante momento do Centro de Estudos de História Local e Regional Salvador Dias Arnaut, reafirmando a importância da cultura nas dinâmicas de desenvolvimento sustentado dos territórios.
“A nossa história é um pedaço do património deste Concelho [Penela], da região e do país. É a expressão da nossa identidade, sendo elemento essencial na nossa afirmação comunitária e territorial. Não existe território sem memória colectiva e sem História. O desconhecimento da História ensombra o presente e cega o futuro” foram as palavras do Presidente da Câmara, Luís Matias, na nota prévia à obra que assinala este importante momento do Centro de Estudos de História Local e Regional Salvador Dias Arnaut, reafirmando a importância da cultura nas dinâmicas de desenvolvimento sustentado dos territórios.
Com a “chancela” do Município de Penela e da Palimage, o livro conta com a coordenação científica de Margarida Sobral Neto e apresenta um valioso contributo para o conhecimento da História de Penela desde a época pré-histórica até ao século XX. A obra foi apresentada por João Marinho dos Santos, Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Raquel Vilaça apresenta, numa perspetiva crítica, a informação disponível relativa aos testemunhos arqueológicos pré e proto-históricos conhecidos no território do município de Penela. Jorge de Alarcão analisa o estudo de Salvador Dias Arnaut intitulado «Ladeia e Ladera. Subsídios para o estudo do feito de Ourique» reinterpretando algumas conclusões. Um interesse relevante deste trabalho reside na apresentação de cartografia mais detalhada do que aquela que foi possível executar em 1939. Maria Helena da Cruz Coelho analisa, em detalhe, o foral manuelino concedido a Penela em 1514, comparando as suas cláusulas com as da carta de foral atribuída a esta vila por D. Afonso Henriques, em 1137, bem como com a informação contida no tombo mandado elaborar pelo Infante D. Pedro em 1420. Cristóvão Mata apresenta a estrutura administrativa concelhia de Penela entre as décadas de 1640 e 1750, período em que esta vila se encontrava sob o domínio jurisdicional da Casa de Aveiro. Ana Isabel Ribeiro explicita o percurso de ascensão social e construção de uma identidade nobiliárquica por parte da família Garrido a qual, durante séculos, assumiu uma grande relevância económica e de poder na região de Penela. Para concretizar este objetivo, foram reconstruídos os percursos profissionais e as escolhas ao nível de alianças matrimoniais. Guilhermina Mota aporta um contributo para o conhecimento da vida económica e social de Penela, em meados do século XIX. Considera a produção agrícola e industrial do concelho e os serviços de que a vila dispunha, esboça uma caracterização social da população, refere a distribuição espacial das suas moradas e as suas estruturas familiares, avalia alguns aspectos da nupcialidade e da mortalidade. Finalmente, num livro dedicado ao Professor Salvador Dias Arnaut, Leontina Ventura apresenta alguns aspetos do seu percurso académico e historiográfico, destacando, de forma particular, as suas investigações no campo da História Local e Regional.
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