segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Seminário: "RECRIAR O PASSADO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO TURÍSTICA ..."
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Visita à Biblioteca: grupo do Agrupamento EBI Penela
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Mia Couto vencedor do Prémio Eduardo Lourenço 2011
O escritor moçambicano Mia Couto é o vencedor da sétima edição do Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
A decisão foi comunicada por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no final de uma reunião do júri, a que presidiu, no passado dia 8, nas instalações do CEI - Guarda.
A decisão foi comunicada por João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no final de uma reunião do júri, a que presidiu, no passado dia 8, nas instalações do CEI - Guarda.
sábado, 8 de outubro de 2011
Tomas Tranströmer - Prémio Nobel da Literatura 2011
Tomas Tranströmer - poeta sueco, natural de Estocolmo, foi o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2011. O autor, de 80 anos, ganhou porque "através das suas imagens translúcidas e condensadas, ele dá-nos um novo acesso à realidade", conforme comunicado emitido pela Academia Sueca.
Não existe, ainda, obra traduzida em português mas, o autor escreveu sobre o nosso país, a título de exemplo, um poema:
Lisboa
No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes.
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões.
Acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
"Mas aqui!", disse o condutor e riu à sucapa como se cortado ao meio,
"aqui estão políticos". Vi a fachada, a fachada, a fachada
e lá no cimo um homem à janela,
tinha um óculo e olhava para o mar.
Roupa branca no azul. Os muros quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa:
"será verdade ou só um sonho meu?"
Tomas Tranströmer
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões.
Acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
"Mas aqui!", disse o condutor e riu à sucapa como se cortado ao meio,
"aqui estão políticos". Vi a fachada, a fachada, a fachada
e lá no cimo um homem à janela,
tinha um óculo e olhava para o mar.
Roupa branca no azul. Os muros quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa:
"será verdade ou só um sonho meu?"
Tomas Tranströmer
(tradução de Vasco Graça Moura)
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